O cavalo que ficou conhecido como Caramelo foi direto do telhado em que ficou ilhado por quatro dias até os cuidados do veterinário Henrique Mondardo Cardoso, do Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, no Rio Grande Sul.
Com cerca de 300 quilos, o aimal foi salvo nesta quinta-feira (9) por bombeiros de paulistas e gaúchos, além de uma equipe especializada em grandes animais de Sorocaba. Depois de ser sedado, Caramelo foi levado a uma embarcação e, da margem, foi para um caminhão da Brigada Militar.
"Encostaram o bote de maneira que ficasse no nível do cavalo, para sedar e fazer indução anestésica. Com isso, animal fica inconsciente", explicou Henrique.
Ao chegar no hospital desacordado, o médico já o aguardava com medicamentos preparados. O veterinário também explicou que um cavalo pode ficar por vários dias sem água e alimento, a depender do estado de saúde.
"Como ele é herbívoro, a tendência é que eles se mantenham por bons dias. Ele vai debilitando, provavelmente ele iria deitar pela desidratação e falta de energia", afirmou.
Em algum momento, Caramelo foi identificado como uma égua, o que reverberou na imprensa. Henrique afirmou que a equipe responsável pelo salvamento sempre soube que se tratava de um macho "Talvez populares devem ter visto de longe e concluído que era fêmea, mas o pessoal do resgate sempre falou em cavalo", comentou.
Ajuda aos animais
Segundo dados do governo do Rio Grande do Sul, 5.432 animais foram socorridos pela Brigada Militar, Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros em municípios gaúchos até a tarde de quarta-feira (8).
O Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama também está realizando uma força-tarefa e os agentes estão percorrendo áreas alagadas em busca de animais.
