Jornal da Noite

Governo do Rio Grande do Sul diz que tragédia é a pior da história

Até o momento 29 pessoas morreram e cerca de 3.079 pessoas estão em abrigos e outras 5.257 desalojadas. Mais de 44 mil foram afetados pelas chuvas

Da redação

A tragédia no Rio Grande do Sul já é considerada pelo governo do estado a pior da história. Chove praticamente sem parar há uma semana. Enchentes e deslizamentos atingem mais de 150 cidades.

Pelo menos 134 municípios foram afetados pelas chuvas que castigam o Rio Grande do Sul. Até o momento 29 pessoas morreram e cerca de 3.079 pessoas estão em abrigos e outras 5.257 desalojadas. Mais de 44 mil foram afetados pelas chuvas.

O governador Eduardo Leite, em uma coletiva de imprensa, disse que este é o “maior desastre natural” que já aconteceu na região, superando a tragédia do Vale do Taquari, no ano passado, quando mais de 50 pessoas morreram.

Entenda as causas de uma das piores tragédias climáticas do RS

Segundo a meteorologista Desirée Brandt, o motivo das altas precipitações é uma combinação de fatores, principalmente a incidência do fenômeno El Niño aliada a uma área de alta pressão em cima do Brasil.

“Isso se deve ao fenômeno El Niño que, embora esteja dando sinais de enfraquecimento, ainda é vigente. O Oceano Pacifico ainda está mais quente que normal. Não é seu ponto mais forte, mas o Pacifico ainda está quente, e a atmosfera ainda está respondendo a esses efeitos. De que forma? Provocando uma grande frequência de chuva, de formação de instabilidades, de frente fria em cima do Rio Grande do Sul”, disse.

Quando vai parar de chover no RS?

Nos próximos dias, segundo Desirée Brandt, pouca coisa vai mudar. A primeira quinzena de maio deve ser de muita chuva no Rio Grande do Sul, e o Centro-Oeste e o Sudeste devem continuar com muito calor.

Barragens

A Barragem 14 de Julho, localizada entre as cidades de Bento Gonçalves e abarca diversas cidades do Rio Grande do Sul, teve um rompimento parcial que pode resultar em rompimento total da barragem. A informação foi confirmada pelo vice-governador Gabriel Souza.

“Estamos aqui em Santa Cruz do Sul e houve o rompimento da Barragem de 14 de Julho, é parcial, mas deve resultar em um rompimento total da barragem. O que significa em muita água descendo pelo Rio Taquari, aumentando ainda mais as enchentes e de maneira muito rápida nos municípios a partir de Santa Bárbara”, afirmou o vice-governador.

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