O dia, no Palácio do Planalto, foi de reuniões para decidir as primeiras liberações de dinheiro da União para o Rio Grande do Sul. Serão pelo menos R$ 580 milhões direcionados a emendas de parlamentares gaúchos e mais R$ 80 milhões do Fundo Nacional de Segurança, além de uma medida provisória anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Esse é o pensamento do Lira, é o pensamento do Pacheco, é o pensamento do governo, é o pensamento dos ministros. Nós vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a gente contribua com a recuperação do estado do Rio Grande do Sul, com a melhoria da vida das pessoas, facilitar, naquilo que a gente puder facilitar, obviamente dentro da lei, a vida do povo gaúcho”, considerou Lula.
R$ 1 bilhão imediatos
Os ministros de Estado fazem um pente-fino no orçamento para identificarem fontes de recursos. Expectativa é que R$ 1 bilhão sejam repassados imediatamente para os municípios gaúchos.
“Somadas, dão cerca de 1 bilhão e 60 mil reais, que são repasses imediatos, repasses fundo a fundo. Então, não depende de convênio, não depende de etapas de execução. São recursos que vão direto aos municípios”, explicou o ministro Alexandre Padilha (PT), da Secretaria de Comunicação Social.
Essas são apenas as primeiras parcelas de recursos da união, de maneira emergencial. O planalto deixou claro ao governo do estado que não vai faltar dinheiro para ajudar também na reconstrução. O plano já está sendo finalizado.
Mapa da reconstrução
A ideia é fazer um mapa completo do que precisa ser reconstruído, de responsabilidade federal, como pontes, rodovias e moradias para quem perdeu tudo, via programa “Minha Casa, Minha Vida”, por exemplo. Haverá um cronograma para a liberação de recursos.
“Os valores serão apurados na medida do baixar das águas, da limpeza das cidades e da materialização e constatação do que precisará ser reconstruído. Não vamos ficar fazendo anúncio sem ter essa materialidade”, informou o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Uma das contrapartidas é o planejamento do estado gaúcho para minimizar a chance de novas tragédias. Isso inclui pontes em locais mais seguros, além de construção de casas fora das áreas afetadas.