O número de mortos em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 75 neste domingo (5), segundo balanço divulgado pela Defesal Civil do estado. Ao menos 103 pessoas estão desaparecidas e 155 foram feridas.
Ainda de acordo com o comunicado, 334 municípios foram afetados, 16.609 pessoas estão em abrigos e outras 88.019 seguem desalojadas.
No total, 780.725 pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado. Há ainda 6 óbitos em investigação, ou seja, ainda não se sabe se as mortes tiveram relação com os eventos meteorológicos.
“Plano Marshall”
Em entrevista ao Jornal da Band, o governador Eduardo Leite (PSDB) cobrou medidas equivalentes ao “Plano Marshall” – criado para reconstruir países europeus após a Segunda Guerra Mundial – para o Rio Grande do Sul.
Ele pontuou que esse plano ocorrerá, entre outras coisas, para reduzir a burocracia em obras e assistência às vítimas. Além disso, cobrou esforços em relação à situação fiscal do estado.
“O vamos ter que fazer de reconstrução e de um sistema de resiliência para esses municípios vai exigir um esforço descomunal. Não é só sobre ter dinheiro. É sobre ter menos burocracia. Vão ter processos sumaríssimos para não levar muito tempo para a reconstrução. Vamos ter desafios, inclusive, de ordem fiscal. O estado tem uma série de restrições, limitando os movimentos do estado por conta das restrições fiscais”, disse o governador.
“A gente vai precisar de medidas, absolutamente, excepcionais. O Rio Grande do Sul vai precisar de uma espécie de ‘Plano Marshall’ de reconstrução, assim como na Europa do pós-guerra. A gente vai precisar de um plano de excepcionalidade em processos, em recursos, medidas absolutamente extraordinárias. Insisto, quem já foi vítima da tragédia não pode ser vítima da desassistência, da demora, da burocracia."
