Brasil Urgente

'Tudo cheio d'água', diz morador de área alagada pelo Guaíba em Porto Alegre

Rio que corta região metropolitana da capital do Rio Grande do Sul já atingiu a cota de inundação

Da redação com Bruna Magalhães

Morador de Ilha da Pintada fala com Brasil Urgente
Morador de Ilha da Pintada fala com Brasil Urgente
Reprodução/Brasil Urgente

Toda a região metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, está em estado de atenção e até crítico para alagamentos e enchentes devido à alta do Rio Guaíba, que corta a região. 

O rio já atingiu a cota de inundação, passando dos 3 metros e, até sábado, pode atingir mais de 4 metros. Para o Brasil Urgente, um morador de Ilha da Pintada, um dos pontos com maior emergência, falou de como está sendo enfrentar a situação com vizinhos.

“Tudo cheio d'água, tem casa com 50, 60 centímetros de água dentro. E é aquela história, Deus no coração e a gente tem que se agarrar por pessoas na mesma situação. A gente pelo menos tem vida, estamos instalados aqui em quartos por aqui né”, lamentou. 

Na Região das Ilhas, os moradores enfrentam as casas completamente inundadas para poder retirar pertences e procurarem locais seguros, já que a previsão é de que o Guaíba encha ainda mais. O Corpo de Bombeiros, com a Defesa Civil, faz a conscientização para que as pessoas saiam das casas em áreas de risco. 

Outros moradores da região metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul correm para retirar objetos de casa e fugir da cheia do Rio Guaíba, que já estourou a cota de inundação nesta quinta-feira (2) e pode chegar a 4 metros até sábado (4).

A última atualização é de que afetados pela chuva, em todo o estado, somam 67 mil 860 pessoas e 147 municípios. 24 pessoas morreram e outras 21 estão desaparecidas. 

Chuvas no Rio Grande do Sul

Pontes vieram abaixo, pessoas foram arrastadas pela correnteza, deslizamentos de terra deixaram casas soterradas e cidades “desapareceram” após ficarem totalmente inundadas. Esse é o retrato do Rio Grande do Sul com os temporais que atingem o estado desde segunda-feira (29).  

Na noite de quarta (1º), o governo estadual decretou estado de calamidade pública. Ao menos 13 mortes foram registradas em decorrência dos temporais, que atingiram mais de 110 cidades. Cerca de 4,5 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. A Força Aérea Brasileira está ajudando nos trabalhos de resgate.

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