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Tragédia no RS é lembrete dos efeitos devastadores da crise climática, diz ONU

António Guterres lamentou os danos e as mortes causadas pelas fortes chuvas e enchentes no RS. Segundo ele, equipes da ONU se colocaram à disposição para ajudar o país

Da Redação

Enchentes no Rio Grande do Sul
Enchentes no Rio Grande do Sul
REUTERS/Amanda Perobelli

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lamentou nesta quarta-feira (8) os danos e as mortes causadas pelas fortes chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. 

 “O secretário-geral observa que catástrofes como essa são um lembrete dos efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência. Reitera o seu apelo a uma ação internacional rápida para conter os efeitos caóticos das alterações climáticas”, afirmou o porta-voz de António Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado (leia completo abaixo). 

Na declaração, o porta-voz informou que António Guterres está “profundamente triste com a perda de vidas e danos causados pelas fortes chuvas e inundações no sul do Brasil”. 

Segundo o porta-voz de Guterres, ele “estende suas condolências e solidariedade ao Governo e ao povo do Brasil, bem como às famílias das vítimas". A Organização das Nações Unidas também se colocou à disposição para ajudar o país. 

Tragédia no Rio Grande do Sul

As enchentes no Rio Grande do Sul já deixaram 100 mortos, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil gaúcha divulgado às 18h desta quarta. Outros dois óbitos seguem em investigação, enquanto 130 pessoas estão desaparecidas e 374 feridas.

Até o momento, 425 dos 497 municípios gaúchos foram atingidos pelas enchentes, totalizando mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas. Conforme o boletim, 67,4 mil pessoas estão em abrigos e mais de 163 mil estão desalojadas.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para que pessoas resgatadas de áreas atingidas pelas chuvas não retornem a estes locais. “O solo dessas localidades ainda está instável, com o terreno alagado e perigo de deslizamentos”, disse a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil.

A última catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul foi em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram depois da passagem de um ciclone extratropical. Agora, o total de mortes está bem acima do anterior e é considerado como o pior desastre climático da história gaúcha.

Leia a nota de António Guterres

“O Secretário-Geral está profundamente entristecido pela perda de vidas e pelos danos causados pelas fortes chuvas e inundações no Sul do Brasil.

Ele estende suas condolências e solidariedade ao governo e ao povo do Brasil, bem como às famílias das vítimas.

A equipe das Nações Unidas no terreno está pronta para ajudar o povo do Brasil neste momento difícil.

O Secretário-Geral observa que catástrofes como essa são um lembrete dos efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência. Reitera o seu apelo a uma ação internacional rápida para conter os efeitos caóticos das alterações climáticas”.

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