Bombeiros dizem que roubos atrapalham resgate no Rio Grande do Sul

O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo apontou que os saques e roubos na cidade de Eldorado do Sul, no oeste do Rio Grande do Sul, dificultam o resgate das vítimas da enchente. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (8), em nota do órgão. 

"O foco da missão será o esvaziamento da cidade e levar ajuda humanitária. O local possui algumas peculiaridades que trazem mais riscos a operação, como [...] relato de saques e roubos", diz o comunicado.

Por conta disso, as equipes paulistas receberam auxílio de policiamento para a missão. Além dos roubos, correnteza e presença de animais silvestres na água foram apontados como dificultadores do resgate.

A corporação de São Paulo enviou 33 agentes para auxiliar na tragédia climática gaúcha, além de oito viaturas e sete embarcações. No total, 111 vítimas ainda estão desaparecidas, de acordo com o Bombeiro do Rio Grande do Sul.

Números da tragédia

As chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram 95 pessoas mortas, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil gaúcha nesta quarta-feira (8). Ainda há 128 desaparecidos e 372 feridos.

O relatório ainda também aponta que 414 cidades foram afetadas pelas enchentes, quatro vezes mais em relação ao desastre de setembro de 2023. Veja mais dados:

• Municípios afetados: 414
• Pessoas em abrigos: 66.434
• Desalojados: 158.992
• Afetados: 1.450.078
• Feridos: 372
• Desaparecidos: 128
• Óbitos em investigação*: 4

*Está sendo apurado se os óbitos têm relação com os eventos meteorológicos.

Por causa das enchentes, serviços essenciais foram interrompidos nas cidades gaúchas. Em Porto Alegre, por exemplo, muita gente está sem luz e há escassez de água potável, comida e combustível