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Número de supostas vítimas de cirurgião plástico em BH chega a 21, diz advogada

Mais queixas foram registradas na Polícia Civil em BH, após familiares denunciarem morte de paciente depois de cirurgia

Redação

Norma Eduarda Fonseca
Norma Eduarda Fonseca
Reprodução

Mais mulheres procuraram a Polícia Civil de Minas Gerais alegando terem sido vítimas do cirurgião plástico Rodrigo Credidio, denunciado por familiares de uma mulher que morreu em Belo Horizonte, no último dia 17, após complicações no pós-operatório.

O aumento no número de denúncias foi confirmado nesta terça-feira (30), pelo delegado Marlon Pacheco. “A Polícia Civil recebeu novas denúncias envolvendo o mesmo médico em outras clínicas desta capital, que também serão investigadas pela 3ª Delegacia de Polícia Civil. A Polícia Civil orienta às demais vítimas e envolvidos que procurem esta delegacia para oferecerem suas representações e solicitar o prosseguimento das investigações”, disse.

A abdominoplastia consta como uma das causas da morte descritas na certidão de óbito da servidora da UFMG, Norma Eduarda da Fonseca, em 17 de abril. A família defende que a paciente foi tratada com negligência no pós-operatório, enquanto o quadro clínico se agravava. Em reportagem, a Band Minas exibiu áudios da troca de mensagens entre a paciente e equipe médica. Nas conversas, a paciente comunica sintomas de diarreia, vômitos, febre e evolução de hematomas ao médico e recebe avaliação e prescrições por WhatsApp.

Depois que o caso veio à tona, novas pacientes que se submeterem a procedimentos com o cirurgião e alegam também serem vítimas de más-praticas (termo jurídico in voga que substitui "erro médico"), se mobilizaram virtualmente para dividir experiências. A Polícia Civil não confirma quantas pessoas fizeram uma denuncia formal até o momento, mas a advogada de algumas vítimas, afirma que já foi procurada por mais de 20 mulheres, e que os relatos se repetem. “Até na segunda-feira, nós estávamos com 12 pessoas. Agora, estamos fechando com 21 pessoas, fora as várias mensagens no WhatsApp que eu ainda não tive como responder. De todas as pessoas que estão chegando, a impressão que a gente tem é que é um "copia e cola" das histórias: a negligência no pós-operatório, você não ter qualquer apoio quando está com uma ferida aberta e inflamando. São imagens que embrulham o estômago. Muitas das vítimas chegaram a ter a certeza de que iam morrer em virtude da situação”, conta a advogada, Andrea Graziela.

Em nota, o médico Rodrigo Credidio, lamentou a morte de Norma e disse que devido ao Código de Ética Médica, não pode revelar detalhes do prontuário. Ele afirma que não houve má conduta e que o quadro de infecção e a morte da paciente não tem relação com a cirurgia. Procurado sobre o aumento de denúncias, o médico ainda não se manifestou. O espaço segue aberto para um pronunciamento.

Em reportagem, a Band Minas exibiu áudios da troca de mensagens entre a paciente e equipe médica. tinha qu

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