O ex-deputado dos Estados Unidos George Santos (Republicano), filho de brasileiros que teve o mandato cassado em dezembro do ano passado, voltou a performar como a drag queen Kitara Ravache “após 18 anos no armário”. Ele compartilhou as performances na plataforma de vídeos Cameo.
Santos se tornou o sexto parlamentar a ser expulso do Congresso norte-americano na história. O republicano recebeu 311 votos a favor e 114 contrários à cassação. Um relatório do Comitê de Ética apontou diversas irregularidades e crimes financeiros nos quais está envolvido. Ele também é acusado de mentir sobre seu currículo.
"Aqui é Kitara, sua favorita, depois de 18 anos no armário. George Santos me trouxe de volta. Tanto faz", declarou em um dos vídeos na plataforma Cameo.
Drag Queen
George Santos atuava como drag queen no Brasil em 2008. A informação foi divulgada inicialmente pela também drag queen Eula Rochard. Santos foi o primeiro deputado abertamente gay a ser eleito pelo partido Republicanos.
Eula Rochard confirmou a informação à agência de notícias Reuters. Ela disse que conheceu Santos em 2005, durante a primeira parada do orgulho LGBTQIA vestido como drag queen, em Niterói, no Rio de Janeiro. Em 2008, ele teria participado de um concurso de drag.
Segundo a Reuters, outra pessoa também teria confirmado a informação, porém não quis se identificar.
Após a repercussão na mídia, George Santos negou ter sido drag queen e disse ser contra concursos de drag. Ele declarou que a informação é uma “obsessão” da imprensa. “A mídia continua a fazer afirmações ultrajantes sobre minha vida enquanto estou trabalhando para entregar resultados”, informou nas redes sociais. Ele disse ainda que não vai ser distraído e nem perturbado por essa nova repercussão no noticiário.
Expulsão do Congresso dos EUA
George Santos foi expulso do Congresso americano em 1º de dezembro do ano passado, após votação. A resolução exigia uma maioria de dois terços dos votos para ter sucesso. Ele recebeu 311 votos a favor e 114 contrários.
Santos teria usado dinheiro de campanha para aplicar botox, comprar roupas de grife, viajar e pagar assinaturas do Onlyfans - rede social com conteúdo erótico. Ele é o sexto membro da Câmara a ser expulso na história do órgão e o primeiro que não foi condenado por crime ou acusado de traição.
O deputado - eleito em 2022 por Nova York - também já era pressionado por mentir sobre o próprio currículo. Em novembro, ele classificou a situação como um "cerco" intimidatório e "uma perseguição" política.
