Pontes vieram abaixo, pessoas foram arrastadas pela correnteza, deslizamentos de terra deixaram casas soterradas e cidades “desapareceram” após ficarem totalmente inundadas. Esse é o retrato do Rio Grande do Sul com os temporais que atingem o estado desde segunda-feira (29).
Na noite de quarta (1º), o governo estadual decretou estado de calamidade pública. A decisão, que foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), havia sido adiantada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) em entrevista à BandNews TV.
"A chuva não parou. Choveu mais de 400 milímetros em algumas localidades, e a previsão é de que chovam mais 400 mm entre hoje e sexta. Rios muito cheios, solo encharcado, infelizmente isso vai trazer o agravamento de um quadro que já é muito dramático”, disse Leite, ressaltando que “a prioridade é salvar vidas”.
Ao menos 13 mortes foram registradas em decorrência dos temporais, que atingiram mais de 110 cidades. Cerca de 4,5 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. A Força Aérea Brasileira está ajudando nos trabalhos de resgate.
Orientações da Defesa Civil
A Defesa Civil do Estado orientou a população de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado e Lajeado a deixar áreas de risco e procurar abrigos públicos ou outros espaços de segurança.
Segundo o órgão, o Rio Taquari – que já bateu recorde superando 30 metros de cheia pela primeira vez na histórica, segundo medição do Serviço Geológico do Brasil – deve continuar subindo.
Viagem de Lula ao RS
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembarcou no Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira (2). Ele deve se reunir com o governador em Santa Maria e não vai mais sobrevoar as áreas afetadas devido às condições climáticas.
Lula está acompanhado por uma comitiva de quatro ministros.